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23 de abr. de 2011

Mirella

Hoje encontrei Mirella logo cedo. Prometi pro espelho que não escreveria nada sobre ela, mas a piscadinha sexy na hora da despedida me fez mudar de idéia. Mirella foi o amor platõnico do início da adolescência, aquele frisson das três horas de banho com ensaio de cada palavra que seria dita na festinha americana de sábado. Éramos vizinhos em Uberlândia e isso aproximou nossas mães e a aproximou de minhas irmãs. Mirella não queria nada comigo e eu babava nela. Em certo momento eu fui útil apenas para aquecer o relacionamento dela com um namoradinho ciumento. Só.
Fiquei moagoado, mas o tempo, melhor amigo do cotovelo, me fez descobrir muitas possibilidades diferentes e melhores.
Hoje encontrei Mirella e suas duas filhas.Chegou de repente e ficou o dia todo. Casou-se, separou-se,  morou no Paraná e há pouco voltou pra Belo Horizonte com as meninas.Trabalha em uma Empresa de call center e eventualmente tem reuniões em SP. Pediu meu telefone e mandou aquela piscadinha na hora de ir. Depois sorriu descompromissadamente, enfiou o número no bolso da calça jeans e acelerou o carro no meio daquela poeirada.
Minha homenagem aos velhos amores que embora mal sucedidos, depois de um tempo sempre trazem boas recordações. Que este post sirva para acalentar alguns corações sofredores de amor não correspondido hoje. Amanhã tudo fica sempre melhor porque a poeira leva pra sempre.

Um comentário:

  1. Ainda que o amanhã demore a chegar, o tempo passar e resolve todos os dissabores...
    Pena que a gente aprenda isso tão tarde, né?
    Amenizaria tanto os sofrimentos juvenis... rsrs

    Bjo grande, com saudades.

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