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27 de set. de 2012

Lucélia


Ela era tão deliciosa que eu custava acreditar quando a via nua em cima de mim, aquela cara de amor doido, o sorriso de quem goza com vontade de gozar mais. A bunda redonda, me chamando pro encaixe.
Lucélia abria as pernas com uma doçura e com uma voracidade que nem sei explicar.
Gosto de lembrar dela em madrugadas geladas, como as de ontem. Chuva, sol, 40 graus, 10 graus, neve. Lucélia sempre quente e sempre nua. Nunca teve uma camisola ou um pijama. Dormia pelada e desfilava de manhã, com todas aquelas curvas, vestindo apenas uma xícara de café quente.
Ela tinha uma alegria de menina, um ciúme de onça e um desejo incontrolável. Uma tarada doce e brava.
Minha homenagem a essa fera gostosíssima, que me trocou por uma bolsa de estudos em Londres há alguns anos, acabou casando por lá e volta e meia me manda uns emails quentes, ferventes. Coisa de aquecer a primavera gelada de São Paulo.



26 de set. de 2012

loucas parte 343

- Alô
- Rubens?
- Eu.
- Quem vc pensa que é?
- Hã?
- Tô puta com tudo isso, sabia?
- Hã?
- Vai ficar falando hã até que horas?
- Hein?
- Tá de sacanagem comigo, né?
- Olha (risos) são sete e meia da manhã, vc pode ao menos me dizer quem é?
- Ah... não sabe quem é!!! Não tem agenda esse teu iphone metido à besta!
- Olha, minha querida, eu vou desligar, é sério. Tá cedo, vc está nervos...
- Sério que vc não sabe quem é? (a voz mais mansa)
- Não sei.
- Então deixa pra lá. Não vale à pena. Bom dia pra você.

Senhoras e senhores, essa é uma amostra pequena da minha nada mole vida.

11 de set. de 2012

Ayanne

Algumas palavras (dela) falam muito mais que qualquer post que eu tente desenvolver aqui.
estou mudo.

10 de set. de 2012

feriadão

Feriadão rima com solidão. Para fugir dessa maldita resolvi sair de SP na quinta feira às 15 horas.
Doce ilusão a minha. Acabei dentro de um shopping, bebendo chopp em promoção 2 por 1.
Não dá pra tentar competir com as milhares de pessoas que querem sumir dessa cidade. Seja no aeroporto ou na estrada, tentar viajar em véspera de feriadão é coisa de maluco.
Então desisti e resolvi ficar. E o bode de ter ficado, foi substituído pela descoberta deliciosa de uma São Paulo com menos gente. É a cidade louca no meio de um feriadão: pedalei 45 km, fui visitar a exposição de Caravaggio, comi burritos de madrugada, andei à pé, tirei fotos incríveis.
Não beijei na boca, infelizmente. Nem dormi de conchinha, não fiz sexo, nem fiz amor. Não dá pra ter tudo no feriadão de São Paulo. Mas arrumei gavetas, separei roupas para doação, estive num abrigo para idosos que só ajudo à distância. Escrevi umas cartas, desconectei-me da internet, fumei um charuto cubano que ganhei há 2 anos, fiz 200 flexões, assisti os episódios perdidos de Dexter.
A solidão no meio do feriadão me fazendo repensar sobre ir e ficar.
Eu fiquei e foi bom.
Foi muito bom.




5 de set. de 2012

Amanda

Ela veio como um furacão desavisado, levando pros ares aquelas coisas que a gente tenta manter no lugar pra disfarçar o tédio, a preguiça de viver, a fobia aos relacionamentos fulgazes a chatice dos cabelos grisalhos e as dores na lombar.
Ela sorriu ao perceber o meu desarme, meu jeito atordoado, meu tesão furioso arrancando sua blusa e achando os seios fartos, o umbigo centralizando as curvas, o cheiro de chuva com açúcar.
É. Ela tem cheiro de chuva açucarada.
Amanda, meu número. Ela é louca tipo 1, orgasmo fácil, coxas roliças, gemido de gata, bebedora de Stella, apetite voraz, gargalhada deliciosa.
Ela tem 3 celulares, fala em um enquanto digita nos outros dois, é péssima motorista, parece sempre atrasada e afoita. Mas quando pousei meus olhos no seu decote, ela largou a bolsa, desconectou-se e veio viver.
Amanda, volta aqui, traz suas mãos habilidosas, seu paladar duvidoso para meu arroz empapado, faz aquele cafuné no meu pescoço, elogia meu café de novo e eu caso com você.