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28 de set. de 2010

Gabi

Gabi era uma loirinha charmosa. Ela recebeu o nome da avó e adorava contar a história da velhinha que se casou 4 vezes, fumava em público e fez escola de pilotos de avião, em pleno início dos anos 40.
Gabi também queria ser uma mulher transgressora, fazer alguma coisa que ninguém tinha feito. Ela queria honrar o lindo nome que tinha e que batizou uma mulher que ela admirava.
Mas o medo era seu grande adversário. Gabriela era medrosa, mal andava de elevador. Se eu chegasse a 100km/h no meu golzinho 92(em 1999) ela se agarrava ao puta-que-pariu e fechava os lindos olhos azuis, que aliás, piscavam descontroladamente quando Gabi estava nervosa.
Ela adoraria saltar de paraquedas(sem hífen), subir o Himalaia, ou mesmo se aventurar numa montanha russa, mas mal se equilibrava numa bicicleta e quando saíamos pra pedalar, ela desistia meia hora depois, com a desculpa de estar tonta, fraca ou cansada.
A expectativa do outro, em relação ao que podemos ser, é terrível. Mas a expectativa de nós mesmos em cima do que tentamos ser, é muito pior. Às vezes vendemos pro outro, a imagem daquele que admiramos, gostamos e desejamos ser. Na verdade, é um engano duplo. Frustração garantida.
Gabi era um anjo de menina. Gente boa, estudiosa e muito bonita. Mas ela queria ser a mulher coragem do seu álbum de família e por isso, nunca conseguiu ser plenamente, nnguém.
Cada mulher que passa na minha vida, deixa alguma coisa e leva outras. Há momentos inesquecíveis com a maioria delas e Gabi está nessa galeria, como a garota que tinha medo de altura, mas se jogava na vida de uma forma pura, acreditando inclusive, que podia se tornar alguém tão diferente dela.
Essa e minha singela homenagem a uma mulher a quem desejo o encontro da felicidade genuína com momentos de medos, conquistas, derrotas e belas histórias pra contar.

24 de set. de 2010

Puta que o pariu, a vida é boa!

Pensa num cara feliz.

Agora pensa de novo.
Eu.
Agora.

Vou ali viver e nem se volto, porque pra mim São Paulo acaba de se tornar a melhor cidade do mundo
e com sotaque carioca.



Coisa mais linda.
sssshhhhh.

23 de set. de 2010

Mônica

Ela era uma patricinha. Burguesinha mineira. Só namorava os mauricinhos de Belvedere. Eu não tinha carro e mal tinha dinheiro para uma pizza. Trabalhava de dia e estudava à noite, ajudava em casa e era péssimo aluno. Nos conhecemos numa festa chique, na qual fui de penetra pseudo-rico: terno e gravata (alugados), perfume francês-do provador da importadora onde eu trabalhava e claro, buzão como transporte.
Depois de meia hora naquele rega-bofe, com a minha rapaziada perita em penetrar festas de gente da alta, tive aquela visão maravilhosa: Mônica, na pista de dança, soberana.
Ela tinha 21 anos, morena, cabelos tratados em algum coiffeur(esse nome é engraçado), unhas impecáveis, pernas lindas, maquiagem leve, do jeito que tem que ser. Ela era uma deusa e eu que sempre desprezei o tipo grife, estava deslumbrado com o jeito que ela sorria, bebia sua taça de champanhe(ou algo muito parecido) e se tornava a dona da festa. Eu tinha 19 anos e fiquei louco para penetrar nessa festa chamada Mônica. Sempre fui o cara abusado bom de papo, apesar de uma timidez típica de quem sabe que é um zé ninguém. Tomei uns gorós e fui à luta.
Ficamos juntos por quase um ano. Mônica me buscava em casa de carro, adorava almoçar a dobradinha da minha mãe e me levava pro sítio da família dela, nos fins de semana. Ela era menos patricinha do que eu imaginei e me amou de verdade. Além de linda, Mônica tinha grandes talentos no quesito cama. Ela gostava da coisa. Se entregava, seduzia como ninguém e era uma namorada ciumenta e possessiva. Numa crise de ciúmes uma vez, ela deu uns puxões de cabelo na minha prima. Nem de longe lembrava a riquinha de cabelos moldados a produto francês... Barraqueira e deliciosa, a Moniquinha.
Há alguns anos nos reencontramos e é incrível como o tempo foi generoso com ela. Reconheci-a a princípio, por um sinal que tem em uma das mãos. Nos reconhecemos logo depois, pelo olhar vibrante que sempre nos uniu. Linda como nunca, ou como sempre. A verdade é que adorei revê-la e decobrir tantas lembranças bacanas que ficaram.
Essa é minha homenagem àquela garota rica de BH, que curtia o podrão da barraquinha do Saulo do mesmo jeito que chegava rainha ao Vecchio Sogno, restaurante mais caro das Minas Gerais.

22 de set. de 2010

conselheiro amoroso

Como conselheiro amoroso, sempre consegui bons momentos com mulheres incríveis, sofridas, doidas de amor por outro.
É uma situação de arroz total (aquele q só acompanha), mas nunca me incomodou, porque quando se tem fome, um arroz quentinho faz a gente lamber os beiços.
O problema é servir de conselheiro amoroso, ombro amigo ou arroz quentinho, a um grande amor do passado. Como a vida me fode por todos os ângulos, no que diz respeito a amor e suas loucuras, me encontro na tal sinuca de bico: ouvir de uma mulher que amei muito, que seu coração sofre por um babaca qualquer. Engolir orgulho e depois cagá-lo numa privada fétida é minha especialidade, desde que descobri que não vivo sem elas.
Por causa desse dom patético, banquei o o bom amigo e sufoquei o ciúme, o amor próprio e o tesão latejante dentro da calça jeans, enquanto ela abria seu coração ao falar do cara que que ela ama, mas que não tá nem aí pro coração destruído da gata. Um amador, que faz o estilo macho alfa, mas acaba tocando punheta no banheiro do apartamento vazio.
Eu aqui, comendo pelas beiradas, admirado com aqueles olhos marejados, mais bonitos ainda do que há vinte anos, quando era por mim que ela chorava.
Ainda não sei o fim da história, mas como adoro uma mulher triste, tô aqui do lado do telefone, esperando que meus conselhos vespertinos de hoje tenham tido efeito e que daqui a uns dois posts eu tenha alguma boa novidade pra contar, sobre minha promissora carreira de conselheiro amoroso de ex namoradas gostosas, que ainda fazem esse coração vagabundo acelerar.

21 de set. de 2010

Márcia

Eu sou chegado a uma mulher louca. Todas as certinhas, comportadinhas e centradas, me desinteressaram em pouquíssimo tempo. Mulher pra mim, tem que ser maluca, gostar de beber e acima de tudo, curtir a grande aventura que é a vida, seja num hotel de luxo ou numa barraca na areia. Tem muita louca no mundo, mas normalmente elas são segmentadas e é isso que quebra a corrente. Dificilmente a mulher da sua vida terá todas as qualidades que vc imagina e na maioria das vezes o que falta nela, é o que traz a impossibilidade.
Márcia era a louca que eu pedi a Deus: adorava fumar charuto, frequentava botecos e sabia se comportar divinamente numa roda chique. Mas tínhamos uma diferença pontual e a nossa impossibilidade nasceu e ficou por aí: ela gostava de transas malucas e inusitadas  públicas  e socializadas.
Um dia cheguei em casa, depois de uma viagem de 8 dias a trabalho, e ela estava na cama com uma loira maravilhosa: "presentinho pra vc, amooor!"
Eu fiquei tão surpreso e tão nervoso que meu pau não subiu de jeito nenhum. Ela se esbaldou com a Pat (a loira) na minha cama, enquanto eu bancava o voyer broxa. Péssimo! Ela dizia com orgulho que era mulher desapegada e liberada. Eu tentava acompanhá-la.
Outra vez, estávamos num churrasco em  Uberlândia, ela bebeu umas a mais e fez um stiptease pra rapaziada. Me puxou num canto no meio da performance e mandou eu escolher a posição que treparíamos. Ali, na frente de todos. Eu já sou péssimo voyer, imagine-me como exibicionista... um fiasco total, pau foragido, de férias na Finlândia, menor que um caroço de azeitona dentro das cuecas...
Tentamos por quase um ano, porque eu a amava e queria muito transformá-la na mulher meu número.
Às vezes ela ficava mais caseira, mais nós dois e era maravilhoso; mas não era a natureza dela e eu a estava aprisionando.
Minha homenagem à Marcia. Generosa, inteligente e bonita.
Eu resolvi deixá-la porque descobri, que tenho que reencarnar umas dezenove vezes pra chegar aos pés de alguém que já nasceu pronta pra ser feliz e que se foda o mundo.

15 de set. de 2010

somos babacas

É dura a realidade de ser homem e ter que ser o fodão,
o fortão, o cara.
Criados para sermos comedores, provedores e babacas.
Às vezes a gente sofre, sabe? Não é pra ser piegas num blog que exalta as mulheres.
Até porque eu realmente amo a alma feminina, nasci pra isso.
Os pedacinhos complicados desse projeto perfeito me enlouquecem.
Mas quem disse que elas não podem ser cruéis? Quem falou que elas são sempre as vítimas da história toda? Há mulheres com testosterona suficiente para nos usar. Para fazer de nós o gato e o sapato delas. Há mulheres manipuladoras, mentirosas e falsas. Mas como são adoravelmente falsas, mentirosas e manipuladoras, eu não aprendo nunca.
Eu não aprendo nunca.

14 de set. de 2010

Vic

Eu passei uma temporada na Indonésia. Não tinha grana para chegar no Uruguai, mas juntei a coragem que herdei das mulheres da família, pedi demissão e fui primeiro para Los Angeles. Era pra ser uma viagem de três meses e acabou virando dez. Um belo dia conheci uma turma e depois outra e passei os últimos 20 dias da viagem em Java. E foi em Java, que conheci Vic. Ela era uma loira sensacional. Não era nativa, nasceu na Austrália e morava há 5 anos na Ilha. Era um frison aquela mulher. Mexia os olhos, como um pára-brisas desgovernado quando me encarava. Delícia de olhos azuis turquesa.
Vick foi uma aventura com cara de surf, esporte com o qual nunca me entendi, para minha frustração.
Ela fazia drinks coloridos, falava cinco línguas e praticava pompoarismo.(coisa comum na Indonésia)
Vic foi com certeza, minha melhor história longe de terras tupiniquins. Ela era divertida, tinha uma cintura que só faltava falar e um apetite voraz por comida e sexo.
E como diria um camarada meu, em andanças lá pelas bandas do gelado Canadá, o bom de se viajar pelo mundo é que a gente internacioanaliza a piroca. E convenhamos: piroca intercionalizada tem lá o seu valor. ;-)

12 de set. de 2010

Maria

Maria foi a primeira mulher que me fez ficar horas e horas esperando sua chegada.
Ela era perfeita: sorriso largo, dentes brancos, colo aconchegante.
Tinha uma voz mansa e mesmo quando brigava, dava aquela sensação de que seria passageiro e bobo.
Maria trabalhou na casa de minha mãe durante 12 anos. Cuidou de minhas irmãs mais novas porque segundo ela, eu era o homem da casa e não precisaria tanto de sua atenção. Ela era doce, mas tinha nos olhos a marca de uma guerreira. Perdeu dois filhos quando ainda eram bebês. O marido tinha ido se aventurar na Serra Pelada e ela não tinha notícias dele há um ano. Eu olhava aquela mulher lavando vidros, cuidando do quintal e arrumando as roupas de minhas irmãs e sentia uma profunda admiração por aquela força. Era uma energia de fêmea que não esconde derrotas e está ali, esperando que o dia seguinte seja melhor.
Eu esperava seu feijão com arroz e farinha como quem espera o gozo da mulher desejada.
Maria... A minha homenagem a esta mulher inspiradora.
Talvez tenha sido, meu primeiro grande objeto de desejo, meu laboratório para ter certeza de que são vocês, criaturas incríveis, que madam nessa porra desse mundo.
Sinto saudades Maria... eu nunca aprendi a fazer um feijão com aquela cor, cheiro e gosto.

9 de set. de 2010

o joelho que não saiu da minha cabeça

Quando se tem 18 anos, qualquer imagem, som, beijo, abraço ou aperto de mão levanta o amigo pau.
Não tem que ser bonita, magra, inteligente ou qualquer outra coisa. O vento mais forte levanta o pau. o ziper da calça esbarrando na cueca levanta o pau. O joelho da gata do consultorio do dr. Moacir, levanta o pau.
Era só um joelho. Bem feito, convenhamos. Mas era um joelho. Sem grandes coxas depois, sem buceta saborosa depois. Apenas o soberano joelho. Era forte o tal joelho. Era bronzeado, torneado, bonito o danado. A saia o escondia, mas quando ela sentava o joelho se mostrava feliz pra mim e pro meu pau, que latejava com a possibilidade de encostar nele. Minha boca sonhava em mordê-lo, beijá-lo e lambê-lo. Mas era meu pau que reagia feliz ao lembrar daquela coisa roliça e linda.
Ah, doutor Moacir sortudo do caralho... tinha a visão plena de dois joelhos, quase diariamente. Deve ter escolhido aquele uniforme por isso, só pelo prazer de ver o joelho da recepcionista gata. Qual era mesmo o nome dela?  Bem, era a dona do joelho e isso basta.
O joelho que não saiu da minha cabeça.
A quem prestei grandes homenagens.
É até hoje sou vidrado num joelho. Acredito que há algo tremendamente sexy nessa parte das pernas.
E que venham novos joelhos, porque eu estou disposto a saudá-los com toda a honraria que os joelhos bonitos merecem.

O maior toco do mundo

Ao ler esse blog, neguinho pode pensar que minha vida é colecionar mulher.  Não.
Na verdade, gostaria de ter sido mais amado, de ter amado mais e ter menos quantidade e mais qualidade na biografia.
Mulher é realmente um troço que eu adoro. Nasci para serví-las e a vida me mostrou que sou feliz desse jeito. mas não tenho um currículo lotado de goleadas. Tenho derrota pra caralho nessa minha vida de boi bandido. Esse que vos escreve já sofreu um bocado por não ter tido a mulher que desejou.
E a rejeição é a arma letal para esse coração vagabundo aqui.
O maior toco do mundo aconteceu numa festa agropecuária em Uberlândia. Mulheres de botas e chapéus, jeans apertadíssimos e batons muito vermelhos.
Eu sempre dou foco às minhas conquistas. Não saio atirando para todos os lados. Apesar de nobre, essa minha atitude é suicida, porque se meu objeto de desejo disser não, provavelmente acabarei a noite chupando o dedo ou mamando um Jack Daniels. Sozinho.
Durante a semana toda, cerquei aquela morena de ancas largas do segundo andar. Eu queria seu batom vermelho marcando meu corpo junto com o salto 8 de sua bota. A feira agropecuária era sexta e eu contava os dias. A danada parecia corresponder. Sorrisos e cruzadas de pernas e viradas de cabeça. Tava no papo. Marcamos às 9 da noite,  na barraca x. Esperei por uma hora. Ela chegou com batom vermelho e sem botas salto 8. Olhou nos meus olhos e disse que amava outro e que esse outro que nunca tinha olhado na cara dela, estava olhando naquela noite. E que talvez fosse a noite-chance para ela ficar com o outro, por isso minha chance era reduzida a pó, à medida que ela contava aquela história de amor platônico.
Eu fui ficando pequeno dentro das roupas, como se estivesse diminuindo. Me senti tão exausto depois do maior toco do mundo que fui pra casa e me questionei se elas são mesmo, seres tão superiores e fantásticos. Questionei se valia a pena, ser um devoto do mulheril, se compensava bater punhetas diarias pra elas...
O maior toco do mundo me trauamtizou por umas 10 horas ininterruptas.
aiai.
Depois passou.

6 de set. de 2010

ela

Me disse de um jeito de carregar pra casa e cuidar a vida toda:
-Preciso ser amada.
Respondi de um jeito paternal, enquanto meu pau já sonhava com a trepada do século:
- Te amo faz tempo.
-Preciso que gostem de mim, do meu corpo, do meu beijo e das minhas recomendações de mulher mandona.
-Adoro seu beijo e pode mandar em mim.
Ela sorriu e suspirou feliz.

3 de set. de 2010

mulherices

Por mulherice, entende-se o conjunto de atitudes e comportamentos pertencentes ao universo feminino.
Em muitas ocasiões, nós, pobres diabos agraciados com pênis e pêlos na cara, não alcançamos a essência e o propósito de certas mulherices. Mas provavelmente, nos falta massa cinzenta para compreender tanta contradição, loucura e profundidade.
Seguem alguns exemplos de típicas mulherices encontradas em fêmeas das mais diversas origens, cores, raças e religiões:
- a mulher quer ser independente, autônoma, bem sucedida financeiramente. Mas experimente dividir a conta no primeiro encontro e nunca mais você chegará perto dela de novo.
- ela reclama do seu ciúme, da sua marcação cerrada, do seu jeito reclamão. Mas se vc passa um dia sem ligar, ela manda uma mensagem pelo celular: "Já me esqueceu? "
- Se vc é um tarado sexual, do tipo que quer transar todos os dias, ela vai reclamar que está acabada e que você é um insensível. Mas se resolve esperar o tesão dela bater sozinho, ela vai dizer que vc tem outra.
- Ela passa a vida toda culpando a TPM pela gula, pelo choro, e pelas multas que recebe.Se um dia ela te der uma resposta atravessada e vc perguntar se ela está na TPM, é capaz de voar um laptop ou um vaso de plantas,  na sua cabeça.

Aiaiai... mulherices.
Ainda que seja impossível compreendê-las,
para mim, vale a tentativa improdutiva, sempre.
Afinal, eu lá consigo viver sem elas??

Fernanda

Me lembro dos pequenos detalhes do corpo de Fernanda. Ela era uma graça. Sem dúvida, em termos de beleza, Fernanda fica entre as "top ten". Tinha um andar fatal e o modo como mexia os ombros quando gargalhava era delicioso. O que pegou entre mim e Fernanda foi a tal religião. A menina era dedicada à Igreja. Tinha sido criada numa dessas Vida Nova, Nova Vida... sei lá eu.
Ela era assídua do culto das quartas e dos domingos.
Fazia orações antes de almoçarmos, jantarmos e antes de dormir. Quando ela chegava do culto notruno de domingo, eu estava com bafo de cachaça e aí ela se recusava a me beijar. Claro que fez um jogo duro danado pra me dar, e eu que sou o cara mais paciente do mundo, fui aceitando a sua resistência, entrando no jogo do "papai do céu" não gosta e fui ficando caído por ela.
Eu batia umas 3 punhetas por dia pensando nela. Fernanda era crente, mas tinha a sacanagem no olhar. Eu apostaria com qualquer um da santíssima trindade, que Fernanda gostava era de uma putaria.
Um dia, fui buscá-la na porta da igreja para comermos uma pizza. Ela usava um vestido preto, abaixo dos joelhos. Na volta pra casa, rolou uma sessão amasso no banco de trás do carro e na hora de ir, ela tirou a calcinha e me entregou, susurrando no meu ouvido: "hoje vai ter calcinha molhada, na hora da sua homenagem"
Ela queria me enlouquecer, e estava conseguindo.
Para minha frustração, transamos pouquíssimas vezes, quando a coisa estava começando a ficar no jeito, ela se foi. Terminou comigo antes de partir para um retiro espiritual em Israel. Olhou no meu olho e disse que era hora de parar.
Perguntei porque ela estava me deixando e a resposta foi tão inútil quanto à pergunta: "nosso namoro não é de Deus." Ela disse com os olhos cheios d'água.
Na despedida, me deu uma abraço com as pernas, se encaixando perfeitamente, abaixo da minha cintura. Naquela hora , tive certeza que era o diabo quem a perturbava tanto.
Essa é minha homenagem à Fernanda, mulher linda, bunda redonda, coração doce e peitos incríveis.
Que o Senhor esteja com vc.
Sorte dele, então.

1 de set. de 2010

Isabel

Eu queria uma mulher pra vida inteira.
Em determinado momento da vida, cansado de perambular por aí, conheci Isabel. Não foi uma paixão avassaladora, mas foi bom.
Ela queria ter filhos, um cachorro e uma casinha no interior quando fizesse 50 anos.
Eu estava desiludido. Amores que perdi por incompetência e outros que nem consegui alcançar por descaso mesmo.
Então chegou a Isabel e fui racionalizando a possibilidade de esquentar pés no inverno, ter um bebê em casa, comprar um labrador e me desapegar da loucura e da poluição da capital.
Se grandes paixões davam mais dor de cabeça que felicidade, então, algo que fosse construído com solidez e tempo, poderia ser uma relação durável, estável que não tem cheiro, não tem cor e não solta as tiras... fail.
Não dá pra planejar dessa forma. As mulheres, sábias e absolutas no assunto,  descobriram isso bem antes que nós.
Amor não é promoção de supermercado e não está à venda em qualquer lugar.
Um belo dia, com planos feitos e aliança no dedo, Isabel me disse que tinha algo esquisito. Eu como bom representante da minha espécie, permaneci calado. Elas sempre tem coragem de antecipar o assunto delicado de três letras que chamam de fim.
Lá pela décima vez de algo esquisito, concordei.
Ali ficamos, pelados, olhos colados no teto e nenhuma outra palavra foi dita até que Isabel se levantou, vestiu a roupa, fez um rabo de cavalo e rompeu com o silêncio: "Passo à noite para pegar minhas coisas."  Ela tirou a aliança no elevador e deixou na portaria - aí já foi "mulherice", pra ferir o covardão aqui.
Conversamos 5 dias depois, demos um abraço longo e ela foi pra Londres, alguns meses depois, estudar história da arte e ser feliz.
Essa é minha homenagem a Bel. Uma mulher sábia, decidida e bonita de doer. Mais um projeto bacana da natureza, do qual eu tive a sorte de chegar bem perto.
Soube que comprou uma pitbull e planeja gêmeos para o próximo natal.
Quanto a mim, nem sei se é desejo verdadeiro essa coisa de uma mulher pra vida inteira... ela cansaria de mim depois dos primeiros 100 dias de sexo e bitucas de cigarro no carpete...