Márcia era a louca que eu pedi a Deus: adorava fumar charuto, frequentava botecos e sabia se comportar divinamente numa roda chique. Mas tínhamos uma diferença pontual e a nossa impossibilidade nasceu e ficou por aí: ela gostava de transas
Um dia cheguei em casa, depois de uma viagem de 8 dias a trabalho, e ela estava na cama com uma loira maravilhosa: "presentinho pra vc, amooor!"
Eu fiquei tão surpreso e tão nervoso que meu pau não subiu de jeito nenhum. Ela se esbaldou com a Pat (a loira) na minha cama, enquanto eu bancava o voyer broxa. Péssimo! Ela dizia com orgulho que era mulher desapegada e liberada. Eu tentava acompanhá-la.
Outra vez, estávamos num churrasco em Uberlândia, ela bebeu umas a mais e fez um stiptease pra rapaziada. Me puxou num canto no meio da performance e mandou eu escolher a posição que treparíamos. Ali, na frente de todos. Eu já sou péssimo voyer, imagine-me como exibicionista... um fiasco total, pau foragido, de férias na Finlândia, menor que um caroço de azeitona dentro das cuecas...
Tentamos por quase um ano, porque eu a amava e queria muito transformá-la na mulher meu número.
Às vezes ela ficava mais caseira, mais nós dois e era maravilhoso; mas não era a natureza dela e eu a estava aprisionando.
Minha homenagem à Marcia. Generosa, inteligente e bonita.
Eu resolvi deixá-la porque descobri, que tenho que reencarnar umas dezenove vezes pra chegar aos pés de alguém que já nasceu pronta pra ser feliz e que se foda o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário