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22 de set. de 2010

conselheiro amoroso

Como conselheiro amoroso, sempre consegui bons momentos com mulheres incríveis, sofridas, doidas de amor por outro.
É uma situação de arroz total (aquele q só acompanha), mas nunca me incomodou, porque quando se tem fome, um arroz quentinho faz a gente lamber os beiços.
O problema é servir de conselheiro amoroso, ombro amigo ou arroz quentinho, a um grande amor do passado. Como a vida me fode por todos os ângulos, no que diz respeito a amor e suas loucuras, me encontro na tal sinuca de bico: ouvir de uma mulher que amei muito, que seu coração sofre por um babaca qualquer. Engolir orgulho e depois cagá-lo numa privada fétida é minha especialidade, desde que descobri que não vivo sem elas.
Por causa desse dom patético, banquei o o bom amigo e sufoquei o ciúme, o amor próprio e o tesão latejante dentro da calça jeans, enquanto ela abria seu coração ao falar do cara que que ela ama, mas que não tá nem aí pro coração destruído da gata. Um amador, que faz o estilo macho alfa, mas acaba tocando punheta no banheiro do apartamento vazio.
Eu aqui, comendo pelas beiradas, admirado com aqueles olhos marejados, mais bonitos ainda do que há vinte anos, quando era por mim que ela chorava.
Ainda não sei o fim da história, mas como adoro uma mulher triste, tô aqui do lado do telefone, esperando que meus conselhos vespertinos de hoje tenham tido efeito e que daqui a uns dois posts eu tenha alguma boa novidade pra contar, sobre minha promissora carreira de conselheiro amoroso de ex namoradas gostosas, que ainda fazem esse coração vagabundo acelerar.

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