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14 de out. de 2010

Elaine

Ela era comissária de bordo. Eu tinha uma fantasia com as aeromoças. Cliché, porém, deliciosa.
Aqueles uniformes coladinhos dos anos 90, não me deixam mentir. Hoje, parecem soldadas desnutridas.
Piorou muito a escalação ténica no mundo aéreo. Piorou, junto com a qualidade do atendimento geral.
Elaine se orgulhava da profissão, era legal ser comissária de bordo da Varig e ela enchia a boca pra contar do bate-volta que fez de Miami a Nova York.  Aiai, os anos 90...
Nos conhecemos numa escala em Porto Velho, com atraso de 5 horas da aeronave que me levaria a Cuiabá, terra quente e úmida, como as mulheres locais (que merecem post exclusivo). Naquela tarde de dezembro, o inferno provavelmente seria mais agradável que aquele aeroporto. Mas Elaine foi a salvação daquele dia irritante.
Que ancas, meu Deus, que par de pernas... Usava lentes de contato verdes, o que lhe atribuiam um olhar avassalador.
Chamei para um café e lhe falei da minha fantasia de tarado de avião. Ela sorriu safadamente e disse que torcia para um atraso ainda maior do vôo, o que nos garantiria hospedagem. Pela primeira vez, desejei ficar mais tempo num aeroporto lotado. Sonhava em ter uma noite feliz com serviço de bordo grátis.
E assim foi.
Essa é minha homenagem aquela rainha dos céus de olhos fakes e peitos reais.
Saudade de vc bate forte, Elaine, quando me deparo com barrinhas de ceral no lugar de "frango ou peixe"...

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