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17 de fev. de 2011

Verinha

Verinha era a garota descolada e soltinha da escola. A que topava brincar de salada mista sem frescura. A que achava graça quando a gente se arriscava a ver calcinhas com o espelhinho na ponta da escada. A que dizia que adorava beijo roubado e malhos no muro atrás da quadra.
Elas odiavam Verinha. A chamavam de fácil, vagabunda, ordinária. 
Nós amávamos Verinha. A chamávamos de gostosa, tesuda, deusa.
A garota que dobrava a saia pra ficar mais curta, fumava no banheiro e falava 6 palavrões por minuto.
Eu nunca comi Verinha. Nem os outros comeram. Nunca soube de ninguém naquele colégio que tivesse sequer encostado o pau naquelas coxas.
A rainha da putaria era virgem e queria se guardar pro cara especial.
Minha homenagem à contradição feminina.
Ah, as mulheres...

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