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21 de fev. de 2011

Mulheres que amam demais

Aqui nessa cidade maluca tem de tudo. Há nela um ritmo tão frenético para a vida, que cada vez que eu paro pra pensar nisso, me sinto um caipira inadaptável no meio desses arranha-céus.
Esses dias vi uma placa num desses sobrados comerciais que dizia: "Terapia para casais com problemas e mulheres que amam demais."
Cocei a cabeça, puxei pela memória e não lembrei de ter tido em minha vida, uma mulher que me amasse demais. Uma mulher que amasse a ponto de ficar doente ou buscar ajuda.
Fiquei com medo de saber o que de fato isso significa.
Amar demais é algo que precisa de tratamento?
Amar demais não deveria ser algo avassalador e bom? Tipo ser tomada de um sentimento tão intenso a ponto das dificuldades serem subtraídas e a fé no outro renovada? Amar demais não seria um tum-tum-tum incansável no peito? Um sorriso constante no rosto? Um incondicional desejo de ser e ter alguém?
Amar demais...
Será que até o amor precisa de medida justa, equilíbrio dos sensatos e dosagens homeopáticas?
Ou será que mulheres de grandes metrópoles não podem amar demais porque chegarão atrasadas nos seus empregos bem sucedidos, esquecerão a reunião com o próximo cliente e não planejarão a viagem de férias?
O amor é sempre um tsunami. Deveríamos desejar ser devastados dessa catástrofe cheia de emoção, dor, gozo e suor.
E na minha leiga e humilde opinião, quem precisa de terapia e tratamento são aquelas outras.
As mulheres que amam de menos.

3 comentários:

  1. "Um incondicional desejo de ter alguém"...
    Isso é amor???
    Hummm... eu chamaria de outra coisa!

    Ai, ai... (suspiros)

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  2. todo amor traz desejo incondicional.
    mas nem todo desejo incondicional traz amor.

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