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10 de ago. de 2010

Eu pedi pra ela voltar

O dia que eu achei que não fosse acabar, tinha que ser uma segunda feira.
Eu acordei gelado, tive um sonho esquisito com cores e leões de chácaras. Meu aquecedor não funciona como eu gostaria.
Bate 10 graus no termômetro e eu planejo meu dia meticulosamente. São oito da manhã. e essa é minha última segunda-feira possível. Sinto saudades. Penso em nomes de mulheres que possam preencher o post de segunda, mas é o nome dela que ocupa minha inspiração. Ah, o coração é medíocre e piegas. E eu adoro a pieguice abominável desse meu coração sem juízo.
Às seis da tarde eu ligo pra ela. Seis da tarde é uma hora mágica, o cigarro está apagado na minha boca e sinto falta de uma dose pra me dar coragem:
-Alô (a voz dela é música rouca para os meus ouvidos)
-Tô ligando porque eu quero que a gente tente outra vez
-Tentar? A gente já tentou... (a voz parece firme e doce)
-Tentar sim, uai. Por que não?
-Porque a gente já tentou e não deu. Lembra? (a voz é firme sim e doce como nunca)
-Mas e domingo? Foi bom, não foi? Foi tão legal...
-Foi legal porque somos legais, mas vc sabe, podemos ficar insuportáveis... (a voz é só doce agora)
-Volta.
silêncio e a voz doce recomeça em seu carioquês:
-Aí vc acaba com aquele blog de 500 bucetas?
-Acabo.
-Para de fumar?
-Paro.
-Vai ser gentil e fritará bifes bem passados pra mim?
-Todos os dias.

silêncio

-Volto não.(a voz é só firme agora. Firme como tem que ser, quando se dá uma má notícia)

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