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13 de ago. de 2010

A boa de cama

Dizem por aí que sexo sem amor é bom, mas com amor é muito melhor.
Às vezes discordo desse apelo popular. Quem já não fez sexo apaixonadão e acabou descobrindo que foi o componente paixão quem fez a coisa ficar boa? E quando o sexo é casual e percebemos que se foi bom pra caralho sem compromisso, imagine apaixonado? Sexo bom é química e pele. Se tiver um sentimento, está pronto o sunday com cereja. Mas, um sunday feito apenas de cereja, convenhamos...
Mulher boa de cama é aquela que se entrega.
Não precisa ser a rainha do sexo oral, muito menos ter formas perfeitas. Não tem que gozar 3 vezes a cada meia hora e nem parecer uma metralhadora frenética, esbanjando posições, caras, bocas e olhos apertados.
Mulher boa de cama é aquela que se dá. No sentido amplo da palavra e sem trocadilho.
E é preciso gostar de algo pra se fazer bem. Tem que ter entrega e confiança no taco(ops) no seu próprio taco, eu diria.
Mulher boa de cama, dispensa a luz apagada, mantém os olhos abertos pra encontrar os meus. E não tem medo de ser gorda, magra, ter peitos pequenos, bunda flácida ou pêlos mal aparados. Ela está ali para ser feliz, dar e receber prazer. Ela nem me ama, mas tem profundo respeito pelos nossos corpos suados, trêmulos e pálidos. A mulher boa de cama paga um boquete incrível, quando ela se diverte e sente tesão nisso. A mulher boa de cama vê beleza no pau. E chupa porque gosta, está acima das convenções, dos conselhos da marie claire ou das confidências em banheiros femininos.
Mulher boa de cama é aquela que ao pegar no sono, não escolhe a posição que fotografe melhor: ela dorme exausta, com sorriso na cara. Satisfeita por ter feito algo que estava a fim de fazer, ela se solta, relaxa e sonha colorido com a próxima vez.
Minha homenagem às mulheres que fazem sexo desse jeito livre e assumem isso diante dos machos que escolhem para habitar suas camas, seus corpos, suas vidas e se merecermos... até suas almas.

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