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28 de jul. de 2010

Laís

Ela era o tipo boa gente, vários amigos, muitas festas e viagens.
Resolveu ser mãe aos 30 porque havia um chamado do útero, segundo ela.
Mudou a vida desregrada, comprou um apartamento maior e foi selecionando os candidatos, como numa triagem qualquer.
Era independente, a danada. Mineira com alma de nordestina. Digna, brava, guerreira.
O filho não veio, o útero a desapontou e ela ficou mais forte.
Eu cheguei antes, não fui classificado e voltei depois.
Aquela mulher me fascinava.
Tentei ser bom amante e ficar mais. Mas grande amante era Laís.
Determinada e encantadora. Doce e ousada.
Outro dia soube que havia adotado uma criança e estava feliz.
Laís nasceu para ser mãe e essa é a minha homenagem a esta fêmea viceral. Me emociona  pensar que estive sob os mesmos lençóis, com privilégio de ouvir sua voz, ler seus escritos e sentir o cheiro bom de quem exala vida o tempo inteiro.
Obrigado, Laís.

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