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13 de jul. de 2010

dra. Joana

-Bom dia, meu nome é Joana.
-Bom dia, meu nome eu esqueci.
-Heim?
-Esqueci porque fiquei tonto quando vc entrou. E acho que perdi a memória.  Ela sorriu contido e continuou:
-Bom humor é tudo, né? Dei uma olhada na sua ficha e precisamos pedir uma ressonância magnética, como estão as dores nas costas? O que vc tem sentido?
-Agora estou sentindo vontade de te chamar para jantar. Quanto as costas, ficarei feliz até se for uma hérnia na lombar. O que seria de mim sem essa consulta de hoje?
-Rubens Borges, né? Eu sou uma profissional e estou substituindo a dra. Carmem. Estou trabalhando e tem 4 pacientes lá fora me esperando. O senhor vai cooperar?
-Ok, me desculpe.
A pedra de gelo lançada no meio da minha testa... Saí frustrado. Dor de rejeição é bem pior que de coluna, pensei. As ortopedistas são duronas, concluí.
Três dias depois voltei à clínica para o exame, dra. Joana ficava no mesmo andar e vi quando ela saiu da sala e desceu às escadas. me apressei e alcancei-a no térreo. Ela me comprimentou e iniciamos um diálogo mais ou menos assim:
-Estou um pouco sem jeito de ter sido indelicado com a senhora.
-Senhora? Vc é mais velho que eu. - ela sorria e eu me animei
-Posso convidar para um suco pra me redimir, doutora?
-Suco, não, mas um café eu topo. - E sorriu de novo.
Dra Joana é uma mulher linda. Naquele dia estava especialmente linda, os cabelos mais claros com o reflexo do sol, camisa branca e levemente transparente, sutiã de renda. Meia taça. Um tesão,
Após o café, connvidei-a para sair àquela noite.
E ela disse sim.
Descobri que Joana é uma mulher quente, faz o tipo poderosa, provoca e dissimula. Na nossa primeira vez, apareceu sem calcinha, era o nosso terceiro encontro e quando eu perguntei se tinha ido sem calcinha para me provocar, ela respondeu que era apenas para não marcar os quadris... sei.
Tivemos um caso louco, transávamos todos os dias e minha coluna reclamava quando ela sentava no balcão da minha cozinha, abria as pernas e pedia para entrelacá-las na minha cintura. Se eu mencionasse a coluna, ela dizia: "recomendações médicas!"
Acontece que havia um noivo, médico, que fazia mestrado no exterior e estava pra chegar.
Ele chegou e eu dancei.

Essa é minha homenagem à classe médica que usa jaleco e nenhuma calcinha, prescreve sexo selvagem e cura qualquer dor insistente, com beijo, sorrisos e pernas entralaçadas.

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