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30 de abr. de 2010

meu pau sem cérebro

Domingo, meio dia, sol a pino na Pampulha. crianças com seus cachorros, pais separados com seus filhos de fim de semana e eu com saudade de areia, água salgada, biquininhos desfilantes e peitos sob o sol.
Aí ela passa. Aquela elegância da tradicional família mineira faz meu pau latejar. Mulher de chapéu em sol escaldante, desfilando com ar superior e me olhando como quem olha um qualquer. Como se ontem eu não estivesse ali dentro daquelas carnes macias e elegantes. Eu também quero ignorá-la.
-Esse é o trato! - lembro ao meu pau descerebrado.
Ela passa outra vez, dá gargalhada, quase tropeça em mim. Finge que não me vê, mas me encara.
Meu pau sem cérebro me comanda e apesar de eu sensatamente sair dali, sabendo que aquele é seu território e eu sou um invasor..
naquela noite poucas horas depois, eu estava embasbacado na frente do mais belo espécime feminino da tradicional família mineira.
No meio dela, acatando ordens e acreditando que meu pau sem cérebro tava coberto de razão.

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