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20 de abr. de 2010

Renata

A gente namorou por um ano inteirinho. Ela fazia o tipo gostosinha e desencanada, e adorava sexo. Seu corpo mignon de bailarina, era bom de levantar, virar e fazer balancinho. Além do clássico estica e puxa.
Renata me dispensou no dia do nosso aniversário, planejado por ela com requintes de crueldade: "jantar,motelzinho e chocolatê", ela dizia com aquele sorriso de olhos e boca, que eu amava. "Vamos num japa bem chiquê?" Renata tinha mania de falar virando tudo que é palavra em oxítona: ela dizia gostosô, bonitô, queridá e por aí vai. Antes do fatídico aniversário, eu todo animado, buscando significado de flor, pra não cair no lugar comum das rosas vermelhas. Sou um cara que presta atenção na mulher e gosta de surpreender; mas Renata nem deixou eu ousar demais àquela noite.Nem chegamos ao motelzinho, mal consegui entregar as flores através do garçom na hora do jantar. O babaca que vos fala se ferrou e nem teve aquela compensação básica que vem com uma mulher pelada em cima de você.
A impressão que dá é que ela queria maquiavélicamente me dar um certo troco e levou a sério a máxima que prega que vingança é prato que se come frio. Ainda bem que comida japonesa vem na temperatura certa e eu adoro sashimi.

Renatinha, nunca mais degustei um missoshiro com a mesma satisfação...

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