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24 de mai. de 2011

Lilian

Lilian me amou tanto que eu sentia medo dela.
Começamos com uma brincadeira inofensiva, um beijo roubado, um sexo casual, uma combinação mútua e aberta sobre não envolvimento.
Mas ela se envolveu. E não tava no script mas aconteceu.
Quem pode ter controle sobre isso, afinal?
Lilian era bonita, rica, culta, quase uma perfeição.
Eu sou um vira-latas, sem berço, sem estirpe, beberrão e cafajeste. Big mistake, Lilian.
Eu gostaria de ter me apaixonado por ela. Gostaria de vê-la entrar no meu mundo e se lambuzar de mocotó mineiro. Mas não deu.
E quanto mais ela me amava, menos eu tolerava esse amor.
Seus olhos negros grudados em mim enquanto eu dormia, me assustavam. Seu jeito delicado de dobrar a roupa de cama da minha cama me deixava levemente irritado. Como eu poderia ser capaz de rejeitar amor e dedicação?
Minha homenagem à Lilian. Ela quebrou as regras e eu a culpei. Mas quem sou eu afinal para levantar bandeira de regras?
Foi isso que ela me perguntou antes de ir.
E ela tinha toda razão.

2 comentários:

  1. Nada como o tempo pra gente entender que amor sem reciprocidade é vazio demais pra sobreviver...
    A gente te espera pro batizado, viu? Beijo.

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  2. Lilian querida!! Vc me lendo só me orgulha, viu?Pode preparar aquele barril de chope que eu tô chegando!! O tempo é sempre nosso melhor amigo, né?

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