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3 de mai. de 2011

Cristiana

Ela foi minha melhor amiga de faculdade por uns dois anos. Depois disso,se mudou para o Paraná  e trancou a matrícula.
A gente era dupla para os trabalhos quando estudávamos e para a cerveja quando matávamos aula.
Numa turma absolutamente masculina, Crica, como eu a chamava, era a rainha do pedaço.
Batia no peito pra dizer que nunca teria nada comigo. Éramos amigos e só. Ela me apresentava garotas, eu apresentava garotos pra ela. Quando alguém brincava e dizia que ainda ia rolar entre a gente, ela era categórica: Entre homem e mulher a amizade é possível sim. Nada a ver eu e Rubão!!
Chegava a ser ofensivo, mas eu fui me acostumando com a possibilidade de ser apenas amigo de uma mulher atraente como Crica. A vida é injusta...
Aí um dia a gente bebeu. Muito. E choveu demais na cidade. Chuva e cerveja: dupla infalível!
Nem sei em que circunstâncias a gente começou a se beijar, mas foi muito bom. Estranhamente bom.
Aquela mulher no meio da chuva e depois no meio de mim. Com a intimidade de uma irmã.
Minha homenagem à amizade. Sempre tem um colorido irresistível nesse sentimento.

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