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11 de jun. de 2010

B.

Ela sussurou: "sou casada."
Eu susurrei: "que pena que não é comigo."
Ela sorriu sem graça e se sentou ao meu lado, cruzou as pernas, mexeu nos cabelos e cumpriu todas as etapas do manual o corpo fala. E o dela falava umas 10 línguas, do tipo poliglota fluente e cheio de curvas.
A primeira vez que fomos ao motel, ela estava nervosa. Mulher nervosa em motel me dá um tesão danado, então posso revelar sem medo que foi muito bom.
B. tinha mãos habilidosas e uma voz rouca de enlouquecer. gemia bonito, apertava os olhos e mantinha a boca aberta, admirada e feliz.
Mulher casada é chave de cadeia, principalmente as bem casadas, com seus apartamentos decorados, viagens de fim de semana e jóias de presente. Normalmente falta algo, mas nem ela sabe o que é.
É aí que mora o perigo. É aí que o diabo faz a festa, te dá um convite vip e faz você dançar bonito.
A gente se via quase diariamente e a coisa foi saindo do controle. Mulher é equipamento que vem sem controle remoto, se ela usar uma aliança então... sem chance de não dar merda.
Deu merda.
Merda daquelas que azedam, dão dor de barriga e enxaqueca nos dias posteriores.
Não tenho dúvida que aquela mulher nervosa e linda foi uma das loucuras mais gostosas dessa minha vida vagabunda.
Eu deveria tomar juízo, mas toda vez que eu peço, o garçom responde que só tem cerveja.

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