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16 de abr. de 2012

Marcela

Marcela era arquiteta incompreendida. Trabalhava basicamente fazendo novos layouts para o banco e volta e meia visitava BH para acompanhar obras, fazer marcações e medições ou me ver.
Engrenamos um casinho que já durava meses e não havia romance no meio. Era sexo, cerveja e forró.
Ela tinha ambições Niemayenses, mas não conseguia se desapegar do salário alto que recebia para fazer religiosamente a mesma coisa há quase 10 anos.
Marcela era casada, tinha 2 filhos e morava em SP. Era do interior, formou-se na capital e lá ficou após ser efetivada no banco e ter abandonado os projetos chamados seus sonhos. Há quase 10 anos.
Eu não me envolvi com ela, fato. Ela tampouco se envolveu comigo. Nossas conversas giravam em torno de sua frustração profissional, uma ou outra reclamação do marido para justificar seu corpo nu em cima da minha cama e muito boquete. Marcela fazia um boquete com gosto, gozava me chupando e eu simplesmente adorava isso.
Ela se vestia muitíssimo bem, tinha seios siliconados com perfeição, uma boca gulosa e muita iniciativa na cama. Um dia me amarrou com umas meias finas, me deu uma chá de buceta e depois disse que não me veria mais. Estava culpada.
E a culpa, minha gente, é a maior inibidora de tesão de todos os tempos.
Marcela se foi. Voltou algumas vezes, é verdade. Mas a tal da culpa não a deixava ser tão boa no que fazia antes e fomos perdendo a liga.
Minha homenagem à Marcela, mulher interessante, fogosa e absolutamente focada na segurança.
Pena que a vida não segura nada nem ninguém por tempo indeterminado.

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