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5 de ago. de 2012

surpresa de um domingo triste

Chuviscava. Garoava, pra falar o bom paulistês.
Domingo feio, sem graça. Fim de tarde, jogo do Corinthians na TV.
Eu caminhava, trajeto diferente, pensamento em outro lugar. Quando eu a vi de longe, fiquei em dúvida se era mesmo ela. Parecia tão frágil e tão perdida.
Cheguei perto, ela se assustou ao me ver, sorriu triste, já ia se despedindo, quando a puxei para um abraço e ela até segurou o choro por uns 5segundos, mas finalmente desabou.
Sentamos num bar, uma galera ligada no jogo e ela, tão fã de futebol, ficou de costas para a TV, pediu a cerveja favorita e desviou a emoção pra parecer que não teve choro, nem susto, nem abraço.
Falamos casualidades, ela não quis se abrir, mas soltou palavras como: separação, amor doído e doido, vida loka, passado, futuro.
Nem pedimos a segunda, ela quis ir, parecia triste demais para beber, ver futebol ou conversar. Parecia confusa, mas estava apenas desapontada. Estava bonita, mas sem o brilho de sempre.
Antes dela ir, um diálogo:
-Quem quebrou seu coração desse jeito?
-Corações não quebram, Rubens. Eles amassam, se contraem, doem. Mas infelizmente, continuam inteiros e isso é desesperador.

Desesperador é ter vc ali tão perto dos meus olhos
e simplesmente impossível de alcançar.

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