Sou um bocado teimoso, porque ela era assim.
Sou desbocado, transparente, riso frouxo. Cresci admirando isso tudo nela.
Choro fácil, mas quase ninguém vê. Foram poucas as vezes que a vi derramar lágrimas. Suor era mais comum no rosto dela.
Gosto de uma cerveja, de um samba de roda, rezo antes de dormir e adoro feijão. Ela fazia o melhor do mundo.
Ela se foi e mal se despediu.
Um susto. Uma dor.
Mulheres como ela deveriam ficar.
Pra sempre.
Mãe, você era minha grande inspiração. Como é que eu faço agora?
(homenagem a D. Sônia. Meu peito dilacerado, meu coração em frangalhos e minha alma triste. Mais triste do que nunca foi.)
...
Ano novo, vida nova?
Há 3 meses
Um pouco de poesia sempre ajuda nessas horas...
ResponderExcluirAté hoje, essa foi a que mais fez sentido pra mim:
'Incompreensão dos Mistérios'
Saudades de minha mãe.
Sua morte faz um ano e um fato
Essa coisa fez
eu brigar pela primeira vez
com a natureza das coisas:
que desperdício, que descuido
que burrice de Deus!
Não de ela perder a vida
mas a vida de perdê-la.
Olho pra ela e seu retrato.
Nesse dia, Deus deu uma saidinha
e o vice era fraco.
(Elisa Lucinda)
Beijo de amor e um abraço com toda a força e acalento que te possa ser transmitido.
Estarei em prece por vocês...
Xêro.
Rubinho, (sei que você não gosta que eu chame assim. Mas, nesse momento lembro-me daquele menino que um certo dia chorou ao ouvir da mãe que era o "homem da casa" - quando, apesar de orgulhoso, tudo que ele queria era continuar sendo um menino)
ResponderExcluirFiquei alguns minutos paralizada diante da tela e cheguei a conclusão que o melhor agora é não dizer nada...
M.
Não sei, talvez lhe seja de alguma valia... Quase como a uma oração, sempre recorro a esse trecho para tapar os buracos que a barreira da incompreensão não deixa preencher...
ResponderExcluir"Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive, muitas vezes, é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.
Foi o apesar de que me deu uma angústia que, insatisfeita, foi a criadora de minha própria vida."
Clarice Lispector.
Há-braços,
Savana Dantas.