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5 de set. de 2012

Amanda

Ela veio como um furacão desavisado, levando pros ares aquelas coisas que a gente tenta manter no lugar pra disfarçar o tédio, a preguiça de viver, a fobia aos relacionamentos fulgazes a chatice dos cabelos grisalhos e as dores na lombar.
Ela sorriu ao perceber o meu desarme, meu jeito atordoado, meu tesão furioso arrancando sua blusa e achando os seios fartos, o umbigo centralizando as curvas, o cheiro de chuva com açúcar.
É. Ela tem cheiro de chuva açucarada.
Amanda, meu número. Ela é louca tipo 1, orgasmo fácil, coxas roliças, gemido de gata, bebedora de Stella, apetite voraz, gargalhada deliciosa.
Ela tem 3 celulares, fala em um enquanto digita nos outros dois, é péssima motorista, parece sempre atrasada e afoita. Mas quando pousei meus olhos no seu decote, ela largou a bolsa, desconectou-se e veio viver.
Amanda, volta aqui, traz suas mãos habilidosas, seu paladar duvidoso para meu arroz empapado, faz aquele cafuné no meu pescoço, elogia meu café de novo e eu caso com você.


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